segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Ana Claudia Quintana Arantes: "A morte é um dia que vale a pena viver"

por Paulo Hebmüller – viajantedoinverso.blogspot.com.br


Ana Claudia: cuidar do outro só é possível
quando se cuida de si mesmo

Insônia, taquicardia, dor na lombar, estresse. Será muito café? Muito trabalho? Muito trânsito? Muito sim e pouco não?
A médica Ana Claudia Quintana Arantes fugia do próprio diagnóstico.
E veio mais um convite ao qual ela não soube dizer não: a celebração do Dia Internacional da Mulher na Associação Paulista de Medicina (APM).
Sua agenda naquele dia de março de 2006 quase a obrigaria a se desdobrar em vários clones, mas não previa que o mais inesperado e transformador encontro seria exatamente o último compromisso da longa jornada.
No evento da APM, ao qual chegou atrasada e não encontrou lugar para sentar, Ana Claudia teve que ficar de pé num canto da escada, piorando a dor da lombar. A sessão de homenagens foi encerrada com uma peça em que o ator João Signorelli encarna Gandhi.
Uma epifania.

Uma mãe levou o filho até Mahatma Gandhi e implorou-lhe:
– Por favor, Mahatma, diga a meu filho para não comer mais açúcar...
Depois de uma pausa, Gandhi pediu à mãe:
– Traga seu filho de volta daqui a duas semanas.
Duas semanas depois, ela voltou com o filho.
Gandhi olhou bem no fundo dos olhos do garoto e lhe disse:
– Não coma açúcar...
Agradecida, porém perplexa, a mulher perguntou a Gandhi:
– Por que me pediu duas semanas? Podia ter dito a mesma coisa a ele antes!
E Gandhi respondeu-lhe:
– Há duas semanas, eu estava comendo açúcar.
(Trecho da peça Gandhi, um líder servidor, citado na página 40 de A morte é um dia que vale a pena viver)

“Aquilo capítulo é faca na caveira”, diz a médica de 48 anos, referindo-se ao segmento intitulado “Cuidar de quem cuida”, de seu novo livro – A morte é um dia que vale a pena viver terá lançamento nesta terça (30), às 18h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. 
Naquele encontro com Gandhi, que em entrevista ao blog Ana Claudia classificou como “quase alucinatório”, ela chegou à conclusão de que tudo o que estava fazendo pelos seus pacientes, por sua família e por seus amigos “era uma imensa, enorme, pesada e insuportável hipocrisia”.
A grande descoberta: cuidar dos outros só é possível quando há tempo e espaço para o cuidado de si mesmo. “Desse dia em diante eu teria a certeza de estar com os pés no meu caminho: posso cuidar do sofrimento do outro, pois estou cuidando do meu”, escreve no livro.

Leia a seguir trechos da entrevista que Ana Claudia Quintana Arantes concedeu ao blog.

Cuidar de quem cuida

“Eu fiz essa descoberta na sombra, não na luz... A Heloisa Gioia tem um livro chamado A roda da vida, no qual ela fala dos reinos em que, de acordo com o budismo tibetano, a gente pode viver. Há o reino dos infernos, o dos humanos, o dos animais, o dos famintos, o dos semideuses e o dos deuses. Você só pode atingir a iluminação em dois deles: no reino dos infernos ou no humano. Nos outros você não tem essa chance.
Penso que a minha clareza sobre autocuidado veio no inferno, porque era um momento em que tudo na minha vida pessoal estava sem cuidado. Por exemplo, eu estava sempre me projetando num movimento de culpa, de obrigação e de pena em relação à minha família de origem por achar que eu estava tendo oportunidades que eles não tiveram. Eu tinha dor nas costas, dor no estômago... Como escrevo no diário, atribuía a muito café, muito trânsito... Eu sempre tinha uma desculpa bem lateral ao problema de fato.
O interessante é que a luz veio num movimento de perseverança no erro de sempre dizer ‘sim’. Eu disse ‘sim’ naquela noite em que queria dizer ‘não’, e fui até a APM. Fui pelo caminho que sabia fazer, que era o de agradar. E nesse caminho eu vi o Gandhi falando comigo. Foi quase alucinatório: eu como açúcar! Não posso mandar a pessoa não comer açúcar. Se liga!
Foi uma mensagem tão poderosa... Mesmo que tenha que voltar para o fim da fila, a pessoa vai esperar você parar de comer açúcar para poder cuidar direito dela. É o que o Gandhi faz naquela cena, como se dissesse: ‘eu sei que você está precisando de mim agora, mas agora eu não tenho para dar’.
Essa mudança, claro, não foi assim num estalar de dedos. Foi um processo, que começou em 2006 e levou quatro anos. Em 2010 eu estava na segurança do autocuidado, cuidando do meu corpo, da minha espiritualidade e fazendo terapia, e tinha também encaminhado muitas coisas da minha vida pessoal e familiar.”

A gestação do livro

“A ideia de escrever sobre esse tema me acompanha há certo tempo. Eu já estava com um material adiantado na linha de histórias das pessoas de quem eu cuidei, e que trataria de questões relativas a tempo, arrependimentos, cuidado com o sofrimento, religião versus espiritualidade etc. Eu ia escrevendo à medida que a alma pedia, sem prazo.
Num certo momento veio o convite para falar num TEDx organizado pela Faculdade de Medicina da USP. A princípio fiquei com reservas, afinal eu havia passado um tempo difícil naquela faculdade. Demorei para responder e acabei já me desculpando, dizendo que achava que não daria mais tempo e tal.  Mas insistiram e acabamos acertando.
Eu tinha alguns meses para me preparar para fazer uma fala de dezoito minutos, e ia ensaiando no trânsito: colocava o timer no celular e via quanto tempo dava. Às vezes eram doze minutos, às vezes 25, e eu ia podando ou aumentando.
Minha grande dificuldade era pensar como começar. Sempre tenho um livro de poesia na bolsa, e um dia estava com um do Manoel de Barros. Então li um trecho que é a minha biografia!

Eu tive uma namorada que via errado. O que ela via não era uma garça na beira do rio. O que ela via era um rio na beira de uma garça. Ela despraticava as normas. Dizia que seu avesso era mais visível do que um poste. Com ela as coisas tinham que mudar de comportamento. Aliás, a moça me contou uma vez que tinha 
encontros diários com suas contradições. 
(Um Olhar, Manoel de Barros)

Despraticar as normas é comigo mesmo, e aí comecei e me apresentei com essa poesia, e acabou fluindo.
Esse TEDx foi realizado em novembro de 2012, e no início de 2013 foi publicado no Youtube. Quando assisti e vi o que tinha dito, eu chorei. Não acreditava que tinha conseguido colocar aquilo tudo em menos de dezoito minutos.
Esse vídeo rodou muito e recebi mensagens de muita gente. Aliás, ainda recebo. Até que parou nas mãos da Maria João Costa, uma editora portuguesa que trabalhava no Brasil. Ela entrou em contato comigo e disse que aquele tema precisava virar um livro, que poderia ter quantas páginas eu quisesse e que a editora daria todo o suporte para o trabalho.
Nesse meio tempo conheci o Gustavo Gitti (coordenador do espaço o lugar e colunista da revista Vida Simples), que já sabia do meu trabalho. Um dia perguntei se ele toparia fazer um curso chamado ‘Conversas sobre a morte’ n’o lugar. O olho dele brilhou: era só falar com os sócios. Minha ideia era fazer vários encontros, transcrevê-los e trabalhar a partir desses textos, porque tenho uma fluência melhor de pensamentos e ideias quando há um par de olhos na minha frente. No computador até vou bem, mas é mais trabalhoso.
O Gustavo me perguntou se eu me importaria caso o curso fosse para umas oito ou nove pessoas. Ele estava com medo que não houvesse inscrições suficientes para que o curso se pagasse. Eu disse que não tinha problema. Não precisamos de uma grande plateia, mas sim de gente que esteja interessada.
Só que foram quase trinta inscrições em um dia e meio. Depois de uma semana, eram 150 pessoas na lista de espera.
Então me remeti ao tempo em que os professores da faculdade diziam que ninguém quer falar sobre morte. Bom, ninguém quer falar, mas querem escutar!
As aulas estavam todas na minha cabeça, depois a editora transcreveu e eu trabalhei em cima desse texto. Foi assim a gestação do livro.”

A consciência da própria morte

“Existem aquelas pessoas que sabem que vão morrer, mas não querem falar sobre o assunto, e aquelas que estão tão envolvidas nas questões e limitações do dia a dia que a ideia de que vão morrer nunca passa pela sua cabeça.
No dia em que o pai estiver doente, por exemplo, estas últimas é que vão dizer: ‘isso não existe, meu pai não vai morrer! O seu até pode morrer, mas o meu não!’
O que acontece então é uma coisa adolescente – não é infantil, porque a criança sabe. Envelhecer tem um certo momento em que a gente emburrece... A criança é muito sábia; o adolescente nem tanto, porque está mais perto de ser adulto e está treinando para ser burro. A criança é livre, tem o espaço da criação e das possibilidades. O adolescente já está entrando na caixinha.
Há portanto esses dois universos paralelos. Pode existir uma escolha de autoengano, porque quando você olha para essa realidade com os dois olhos abertos, e quando você encontra a realidade da sua morte – se a encontrar de fato –, não dá para continuar sendo o mesmo.
E aí você tem que se comprometer. É como aprender a ler. Apareceu um outdoor, você lê, não pode dizer: ‘não vou ler nunca mais’. Se você aprender a olhar por esse prisma da consciência da finitude, nada mais vai escapar disso na sua vida. Cada vez que você se relacionar, começar um projeto, trabalhar, comprar uma casa nova, vai pensar: ‘e quando eu morrer, o que vai ser?’”

Empatia e compaixão

“A empatia é a sua capacidade de perceber o sentimento do outro, ou seja, de se colocar no lugar do outro e sentir o que o outro está sentindo. É apenas um movimento de troca de lugar. A depender do tamanho da minha empatia, acabo vivenciando a sua dor e isso me machuca. O caminho da empatia segue por conseguir compreender as suas necessidades e talvez oferecer alguma coisa para aliviar o seu sofrimento.
A compaixão vai além do sentimento: é um movimento que me preserva e no qual o seu sofrimento não me violenta. Eu pego lá dentro de você a sua força e digo: ‘olha, enfrenta’. Eu tenho essa força em mim e a reconheço em mim; então a reconheço em você também. Vou dizer: ‘você não está sozinho; vai dar conta’. Tiro o outro da posição de coitadinho. No lugar de dizer: ‘nossa, como você está sofrendo! Tá aqui a sua morfina’, eu digo – ‘vou fazer você plantar a papoula aí dentro. Você vai ter a semente da morfina em você. Esse poder é seu’.
Com a compaixão você empodera o outro. E não se machuca. Eu não te ajudo trocando de lugar e carregando os seus problemas, mas coloco em você aquilo que tenho em mim, que é a força para dar conta. Para mim a compaixão é isso.

Ana Claudia com a Monja Coen e Elke Maravilha
num evento promovido em 2014 pela revista TPM
Como digo no TEDx, o paciente curte duas vezes quando consegue fazer alguma coisa, desde passear no jardim até falar para a mãe ou para os filhos que vai morrer: a primeira é quando faz e a segunda é quando conta que fez – ‘olha, eu contei, eu me despedi’. A pessoa vibra com essas coisas.
Há um texto muito poderoso chamado The Diyng Role – o papel da pessoa que morre. Essa pessoa pode deixar um legado: o que você quer que os outros lembrem de você?
Veja a Elke Maravilha: ninguém ficou falando do que ela morreu ou como foi a morte dela. Tudo o que eu vi era falando da vida dela. O que é a vida dessa mulher?...”


A difusão dos Cuidados Paliativos

Dedico muito tempo da minha vida a estudar sobre Cuidados Paliativos. A assistência integral, multidimensional que a medicina pode propor a um paciente às voltas com uma doença grave, incurável e que ameaça a continuidade da sua vida tem sido o foco da minha trajetória profissional. Vou mais longe: minha vida encheu-se de sentido quando descobri que tão importante quanto cuidar do outro é cuidar de si.
(A morte é um dia que vale a pena viver, página 30)

“Estou vivendo um movimento do qual talvez não tenha a dimensão do que vai significar a médio e longo prazo. É um movimento que vem dos estudantes de Medicina para encontrar essa cultura. É uma coisa belíssima. Toda semana estou numa faculdade de Medicina para falar sobre isso – e quem me chama são os alunos, não os professores. Eles querem saber como cuidar do sofrimento
Hoje já encontro alunos que escolheram fazer Medicina por causa do vídeo do TEDx e que me dizem: ‘eu quero ser um médico igual a você’. Eu digo: ‘cara, você está condenado à felicidade! Lide com isso!’. Eu tenho um tesão absoluto por ser médica, e vou fazer 25 anos de profissão. O estudante também tem.
Claro, a faculdade depois vai dizer – ‘não é nada disso, a vida é outra’. Não, a vida é essa! Sim, temos o problema dos pagamentos, dos convênios, os plantões alucinatórios, a violência contra os profissionais, coisas terríveis acontecendo, mas eu estou num mundo paralelo.
As pessoas me dizem: ‘ah, mas você não trabalhou nessas condições’. Sim, trabalhei. Mas se no meu plantão eu via um velhinho deitado no chão porque não tinha nem maca para ele, eu não ia tirar uma foto para postar e ficar lamentando, até porque nem havia celular. Eu agachava lá e dizia: ‘o senhor já percebeu que as coisas estão muito difíceis aqui. O senhor está com dor, está com falta de ar? Tem alguma coisa que eu possa fazer pelo senhor agora?’
Quanto tempo demorava para que eu fizesse isso? Um minuto? Dois? Eu me agachava para falar com ele e não me vitimizava. Acho que a tendência natural de quem vê muito sofrimento é se vitimizar.
O movimento que está acontecendo agora é dos estudantes que querem aprender, e da parte dos profissionais de saúde a procura também está aumentando. Por isso ressalto que é preciso aliar a humanidade ao conhecimento técnico. Não é só a humanidade: você quase tem que fazer a faculdade de novo para aprender essa técnica de alívio do sofrimento.
Quanto aos professores, isso está chegando meio na marra, porque hoje começa a pegar bem falar de cuidados paliativos, então tem muita gente pegando uma vaidadezinha. Tem gente que sempre jogou areia na minha farofa e agora chega para mim e fala: ‘lembra, Ana, quando a gente fazia os projetos juntos e eu te apoiava?’ E eu: ‘sabe, não tô lembrando muito bem dessa parte...’
O que me consola é que essas pessoas vão morrer também... Esse é o meu lado sombra. Quando me perguntam o que eu acho da política e tal, digo que todo mundo vai morrer. Essas pessoas não vão durar para sempre. Podem vender a alma para o demônio quantas vezes quiserem – mas vão morrer.”

Coragem de falar sobre a morte

As pessoas têm muito medo, um medo até muito primitivo de verbalizar uma coisa e acreditar que ela vai acontecer. Algo como: ah, se você falar sobre a morte, então a morte vem. Bom, ela vem mesmo que você não fale a respeito... Ela vai acontecer, não é preciso se preocupar com isso. Eu uso o exemplo do seguro de carro. Você faz seguro porque vai bater ou quer bater o seu carro?
A questão não é que falar sobre dá azar. É que, se falar sobre a morte, você precisa mudar. E as pessoas não querem mudar.
Se você vai conversar com seu pai ou sua mãe sobre isso, ninguém será mais o mesmo depois dessa conversa. Se você falar sobre essa morte, assume a possibilidade de ficar órfão. E você não quer lidar com isso.”

Ana Claudia com Nina Campos numa edição
do intensivo Conversas sobre a morte

Religião

A religião pode ser uma comorbidade grave, até perversa, ou uma ferramenta de cura muito profunda e eficaz.
(A morte é um dia que vale a pena viver, página 120)

“Talvez o melhor capelão que vá existir no mundo seja ateu – para poder interagir com todos esses universos da religião sem manchar nenhum.
No livro falo de um estudo chamado ‘Qual o preço da sua alma?’, um trabalho feito com ressonância funcional, que é um exame de imagem que mostra a atividade dos neurônios quando recebem determinados estímulos.
Os voluntários eram submetidos a expressões que poderiam ser consideradas como sagradas – Deus, vida humana, vida animal, dinheiro, trabalho, família, conhecimento etc., e o exame mostrava quais áreas do cérebro eram ‘acendidas’. Na primeira fase, acendiam basicamente dois espaços: um é uma área chamada de utilitarista, ligada à avaliação de custo e benefício. A outra é a dos valores deontológicos sobre certo e errado.
Na segunda fase, ofereciam dinheiro para a pessoa mudar de ideia. O resultado é que a pessoa tinha uma chance muito maior de mudar de ideia se a sua área do sagrado acendesse no custo e benefício. Então, a sua fé tem preço. Pode ser um preço alto, como a vida do seu filho, da sua esposa, da sua mãe – mas tem preço.
Há outra areazinha que acende, na base da amígdala, bem pequenininha, batizada ironicamente de ‘pensamento de Deus’. Essa área acende quando você diz: ‘Deus é misericordioso, Deus é maravilhoso, Deus é justo’. Quando você diz: ‘minha mãe é maravilhosa, minha mãe é incrível, meu filho é incrível’, acende lá. Ali é o pensamento do outro. Na verdade, é o que você pensaria se fosse o outro, se você fosse sua mãe ou seu filho.
Então, quando fala de Deus, esse pensamento está falando do Deus que você seria: misericordioso, justo, vaidoso... Você negocia com o Deus que está em si mesmo.”

O amor

“O amor merece a imortalidade. Ao longo da nossa vida o desafio é encontrar essa possibilidade da experiência amorosa – não só no sentido de um relacionamento com um parceiro ou uma parceira, mas a experiência amorosa com um filho, com um desconhecido, com o conhecimento, com o outro, com aquilo que você pode dar de melhor de si e receber o que o outro tem de melhor para dar. O melhor.
Acredito que não dá para abrir a porta da verdade de quem é você se não for por essa chave. A gente encontra pela vida pessoas que abrem a porta da raiva, da tristeza, da dificuldade – mil portas. Mas, para encontrar a verdade sobre si mesmo, só pela porta do amor.
Só dá para ter a experiência completa dos dois lados, dando e recebendo amor. Não dá para ser de um lado só, como dar sem receber. 
Para mim, essa experiência amorosa é o que definitivamente nos faz humanos. A morte é uma grande potencializadora dessa experiência porque ela nos coloca no nosso lugar de seres humanos mortais e finitos.
Quando assume esse lugar, você põe o tapete vermelho para o amor entrar. As amarras caem e você se solta.
A morte é uma grande aliada.”
















A morte é um dia que vale a pena viver, de Ana Claudia Quintana Arantes
Casa da Palavra, 192 páginas, 
R$ 29,90


Saiba mais:


Clique aqui para assistir ao vídeo do TEDx - A morte é um dia que vale a pena viver

Clique aqui para ler reportagem na revista Problemas Brasileiros sobre cuidados paliativos e testamento vital

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